
Você sabe que mudanças ocorrem em seu cérebro quando você aprende? Bom, como já abordamos anteriormente aqui no blog, o processo de aprendizagem tem ligação direta com a neuroplasticidade do cérebro. Entretanto, como diz o ditado, a prática leva a perfeição, ou até melhorando-o: a prática leva ao aprendizado. Entenda como esses processos acontecem.
O que é aprender?
Segundo a Neurociência, o aprendizado é um processo cognitivo que ocorre quando há a formação e a consolidação de ligações entre células nervosas. Tais mudanças exigem tempo e energia para se manifestarem. E são oriundas de modificações químicas e estruturais no SNC.
Antigamente, o conceito de aprendizado se tratava de um acúmulo de informações. Entretanto, hoje entendemos como o aprendizado a aquisição de novos conhecimentos, habilidades e atitudes.
Assim, essas novas habilidades se resultam em trilhas neurais construídas no cérebro graças a sua plasticidade que permite a reorganização de funções e estruturas cerebrais. Enquanto isso, a plasticidade é a habilidade natural do seu cérebro de criar e fortalecer novas conexões neurais.
Entretanto, todo processo de aprendizagem requer muita energia e muito esforço em seu começo. A partir do momento em que essas trilhas neurais se consolidam, o desprendimento energético diminui. Isso porque o cérebro sempre busca o melhor desempenho com o menor gasto energético.
Processo de aprendizagem
Quanto mais novo for o atleta, maior sua neuroplasticidade e menor o esforço necessário para aprender e criar novas conexões neurais. Depois que esses caminhos se consolidam, cria-se uma memória muscular e você nem pensa mais para realizar o gesto motor. E justamente esta automatização permite alta eficiência com menor gasto energético. Dessa forma, possibilitando que o atleta direcione mais recursos cognitivos para outras tarefas ou atividades.
Entretanto, para que isso aconteça, o início do aprendizado requer muitas repetições e esforços para que formem-se essas novas sinapses. Esse início de aprendizado é chamado de estágio deliberativo.
Após muitas repetições, o esforço e empenho do processo fica automático. Com os gestos motores automatizados sobram recursos cognitivos para o atleta. E a partir disso, ele pode se dedicar na concentração de uma jogada, no seu próprio equilíbrio mental, na comunicação com seu time ou em uma tomada de decisão, por exemplo.
Por isso, é importante que um atleta entenda, ou tenha um coach para ajudar a entender o que está acontecendo com o processamento cognitivo. E assim, auxiliar na melhora de seu aprendizado e performance.
Aprendendo com o coach Marco
Mesmo os atletas mais experientes, ao iniciarem o processo de aprendizagem de uma nova técnica ou tática, vão passar pela prática deliberativa até alcançarem a prática automática.
Para se ter uma noção, o processo de aprendizagem é tão marcante que atletas de elite apresentam diferenças morfológicas em seus cérebros quando comparado com atletas em início de carreira.
Por exemplo, em atletas iniciantes a atividade neural está espalhada por várias áreas do cérebro dispendendo um grande consumo de recursos cognitivos e de energia. Enquanto isso, nos atletas de alta performance a atividade neural se concentra nas regiões pré motoras e motoras do cérebro. E dessa forma, acabam exigindo uma menor demanda cognitiva e energética.
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