Os mecanismos do cérebro

Para entendermos melhor isso, vale lembrar que nosso cérebro pode ser didaticamente dividido em três partes. O cérebro reptiliano, o cérebro mamífero e o cérebro humano, responsáveis pelos nossos instintos, emoções e raciocínio respectivamente.

Muito embora o cérebro tenha níveis hierárquicos de processamento da informação, vale ressaltar que seu funcionamento não acontece de forma separada ou isolada. Os processos cognitivos e emocionais atuam de forma integrada e complexa. Entenda a atuação de cada um dos cérebros:

Reptiliano – é responsivo e atua em alguns processos de forma autônoma como nas funções de preservação do equilíbrio da temperatura corporal por exemplo.

Emocional – traz nele o sistema límbico, aloja nossas emoções e também nossa memória de longo prazo.

Racional ou neo cortex – é o mais novo na escala evolutiva sendo encontrado apenas em nós humanos. É nele que se encontram as tão importantes funções cognitivas usadas no esporte de alto rendimento. É ele o responsável (ou ao menos deveria ser) pelo planejamento, avaliação e tomada de decisões.

Sequestro cerebral

As funções cognitivas acabam muitas vezes por diferenciar os atletas de elite, capazes de ter melhor percepção do jogo, maior precisão na execução dos movimentos e melhor tomada de decisões, dos atletas com capacidade cognitiva mediana e por consequência, resultados também medianos.

Contudo, mesmo esses atletas de elite podem por algumas vezes ou momentos terem seu raciocínio sequestrado pelas emoções. Ou seja, o cérebro mamífero ou até mesmo o cérebro reptiliano passam a comandar as ações desse atleta que deveria estar sob o comando de seu cérebro racional. A cena de um atleta perdendo o controle emocional é bastante comum nos esportes.

Quando isso ocorre, a capacidade cognitiva é prejudicada e o atleta passa a não ter a melhor leitura do jogo e cometer erros, pois suas ações estão sendo comandadas apenas pelas emoções, sem a precisão e análise racional que o momento exige.

O resgate do sequestro cerebral

Reestabelecer o equilíbrio e devolver o comando ao centro racional do cérebro é fundamental para que o atleta volte a ter uma melhor percepção do jogo e possa voltar a tomar as melhores decisões e executar os movimentos de forma mais precisa e eficiente.

Essa volta ao equilíbrio na maioria das vezes necessita de um estímulo externo com uma comunicação assertiva do técnico ou de outro companheiro da equipe que tenha sido treinado para esse tipo de comunicação.

Quer saber mais? Faça contato! Juntos iremos resgatar seu cérebro sequestrado.